Em tempos de COVID-19, estamos esquecendo de muitos outros vilões.
Nosso alerta intenso direcionado para enfrentamento de um vírus que já matou quase 200.000 brasileiros em poucos meses, nos coloca desatentos e descuidados com outros perigos, dentre eles a AIDS transmitida pelo vírus HIV.
Nos últimos dez anos, o Estado de São Paulo registrou uma queda de 39% na mortalidade por AIDS e 33% de novos casos da doença, mas o aumento da incidência, principalmente entre homens jovens, ainda é uma preocupação. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde em 01/12, quando é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. (fonte www.noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/12/01/estado-de-sp-registra-queda-de-39-em-mortalidade-por-aids-em-10-anos.htm)
Por um lado, a Secretaria informa que, em 2010, o Estado contabilizou 3.023 mortes, totalizando uma taxa de 7,3 óbitos por 100 mil habitantes e que no ano de 2019, a taxa passou para 4,2 por 100 mil habitantes, com 1.840 mortes. A incidência de novos casos teve queda de 33,2%, de 20,5 casos por 100 mil habitantes por ano em 2010 para 13,7 no ano passado. A Secretaria associa a queda de óbitos ao acesso ao tratamento antirretroviral, que está disponível de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), e também à realização de medidas de testagem, para evitar o diagnóstico tardio e ações informativas. Por outro lado, as estatísticas da secretaria apontam queda de casos positivos de HIV entre mulheres, com redução de 10,8%, mas um aumento de 58% entre os homens. No ano passado, o sexo masculino teve a maior taxa de detecção de infecção pelo vírus. Foram 72,4 novas infecções por 100 mil habitantes na faixa entre 20 e 24 anos. Os dados apontam também que desde que começou a epidemia, o número de casos sempre foi maior entre homens do que em mulheres. Com base nestes dados, podemos considerar as seguintes reflexões: