O impacto da pandemia na saúde mental do brasileiro: o que os números revelam ?


Impacto da pandemia

Há 14 meses nosso mundo presumido acabou. Nossa sensação de segurança se desfez em barganhas intermináveis com o tempo de duração da quarentena e o risco de vida que só cresceu mês após mês.
Neste cenário de uma guerra contra um inimigo invisível altamente contagioso e letal, nos vimos adoecer mentalmente de forma coletiva e sem precedentes em nossa história.
É inquestionável o impacto coletivo que a pandemia provocou na saúde mental e nada melhor que números para validar tal constatação:

Estudos apontam:
- Aumento de 14% no consumo de antidepressivos e estabilizadores de humor comparado ao mesmo período em 2020. - Aumento de 13% do consumo de anticonvulsivantes comparado a 2020.
- As pessoas cada vez mais usam intoxicação medicamentosa como forma de se matar e no último ano, de todas as intoxicações por medicamentos, 72% foram tentativas de suicídio.
- Aumento de 18% no consumo de vinho no país. O mais alto quando comparado aos outros países, que durante o mesmo período tiveram o decréscimo de 3% no consumo da bebida.

Tais dados nos alertam para uma população que está adoecendo e que precisa encontrar na ajuda profissional e especializada o recurso mais assertivo para lidar com a crise e os lutos da pandemia.
Enquanto a solução do enfrentamento do sofrimento resultante deste período difícil estiver nas farmácias predominantemente, vamos nos livrar do vírus, mas não tão cedo do colapso na saúde mental.
Aos profissionais da saúde mental, fica o alerta sobre esta outra epidemia silenciosa e que muito interessa à indústria farmacêutica e de bebidas.

Fontes:
www.covid19.cff.org.br/venda-de-medicamentos-psiquiatricos-cresce-na-pandemia
www.paladar.estadao.com.br/noticias/bebida,quem-pretende-tomar-mais-vinhos-em-2021,70003692624>